Violência doméstica: denunciar é o primeiro passo para interromper esse ciclo

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que o Brasil teve um aumento considerável no número de casos de violência contra a mulher.

 

De acordo com o estudo, mais de 50 mil brasileiras sofrem algum tipo de agressão por dia, ou “um estádio de futebol lotado”, nas palavras de Samira Bueno, diretora executiva do Fórum. Esses números demonstram o quão triste ainda é a realidade das mulheres brasileiras e o quanto é necessário empregarmos todo esforço possível para reprimir esse cenário de violência.

A pesquisa ainda revelou que, no último ano, houve um  salto de 11,8%, em 2021, para 14%, em 2023, em relação às vítimas que procuraram a delegacia.

Quando questionadas quanto ao motivo pelo qual muitas delas não procuraram a polícia no momento da agressão, um número expressivo de mulheres dizem não achar que a instituição possa oferecer uma resposta ao seu problema.

Essa contradição tem como base uma transferência de responsabilidade, tendo em vista que essas mulheres acreditam ser as responsáveis por produzir a prova da agressão sofrida por elas. Além do mais, isso evidencia a subnotificação e o medo que muitas delas enfrentam ao buscar ajuda.

A Central de Atendimento à Mulher, serviço que funciona 24h por dia e presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência existe para ajudar essas mulheres.

O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de fornecer informações sobre locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso, o que garante o anonimato.

 

Outro lado da violência

Em abril de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.542/23, que dá às mulheres em situação de violência doméstica e familiar prioridade nas vagas imediatas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Sabe-se que mulheres mais qualificadas e com melhores oportunidades de emprego têm maior possibilidade de largar o ciclo de violência, já que a dependência econômica ainda é uma das razões que as mantêm presas no ambiente de violência.

A oportunidade de a mulher em situação de violência doméstica e familiar conquistar sua autonomia financeira serve de suporte, acolhimento e possui um potencial imenso de impulsionar sua autoestima.

 

O Instituto Nós Por Elas, com o objetivo de contribuir para esse quadro positivo, planeja ações junto a empresas para estimular a igualdade de oportunidades para mulheres e busca oferecer maior perspectiva de educação e capacitação, a fim de estimular o desenvolvimento e o empreendedorismo feminino.

Toda mulher merece viver uma vida sem medo de exercer sua individualidade.

 

O caminho da denúncia

Busque apoio emocional: converse com pessoas de confiança, como familiares, amigos ou profissionais especializados. Eles poderão oferecer suporte e orientações para ajudar você a lidar com a situação.

Contate a polícia: quando sua segurança estiver em risco imediato, ligue para o número de emergência da polícia, que é o 190. Forneça o máximo de informações possíveis sobre a agressão sofrida e o agressor.

Procure auxílio jurídico: busque um advogado especializado em direito da mulher ou orientação nas Defensorias Públicas. O auxílio também pode ser encontradoem organizações não governamentais que atuam na defesa dos direitos das mulheres.

Busque apoio psicológico: psicólogos especializados em violência doméstica auxiliam na superação dos impactos psicológicos negativos e fornecem as ferramentas necessárias para reconstruir sua vida.

 

Toda mulher tem o direito de viver em um ambiente seguro e livre de violência.Esse direito é assegurado por lei.

Ao denunciar, a mulher deve se lembrar de que não está sozinha e que há profissionais e instituições dispostos a apoiá-la nessa decisão. Denunciar é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência e reconquistar sua liberdade e sua dignidade. Disque 180.

Assine
nossa news

Receba no seu e-mail informações e conteúdos.

Veja também

Você não está sozinha.

DESCUBRA COMO FAZER PARTE E SEJA NÓS POR ELAS TAMBÉM.

Fale conosco

Preencha o formulário ao lado ou envie um e-mail para instituto@nosporelas.com